Projeto Pão de Açúcar Verde





O conjunto formado pelo Pão de Açúcar e pelo Cara de Cão é mais que um cartão postal do Rio de Janeiro: é seu início, a ocupação inicial, o povoamento originário de onde a cidade se espalhou para outros morros - o do Castelo, primeiramente, mas também os de Santo Antônio, de São Bento e o da Conceição, espalhando-se em seguida para as várzeas. 
Daqueles morros "originários" do Rio, apenas o conjunto Pão de Açúcar/Cara de Cão tiveram sua vegetação preservada, embora tenham sofrido também um processo de degradação com a ocupação do espaço pela malha urbana.
Assim, além dos aspectos ligados à necessidade de preservação ambiental da natureza orgânica, a preservação e recuperação destes espaços liga-se, também, à própria identidade da forma de ser da cidade, da forma de ser carioca.
Consciente de que a Mata Atlântica é um dos biomas mais devastados do país,consciente da importância deste trecho da Mata Atlântica para a história do Rio de Janeiro e tendo em vista que há 16 anos atráshouve diversos incêndios causados por balões e fogueiras naface leste do Pão de Açúcar (voltada para as praias oceânicas de Niterói), Sávio Teixeira, montanhista e coordenador do Projeto Pão de Açúcar Verde, iniciou naquela épocaa sua trajetóriaem defesa da preservação da Mata Atlânticalocal. Um pequeno grupo de voluntários nascera naquele momento, com a colaboração de diversos atores, inclusive do centro excursionista do Rio de Janeiro, que após algum tempo, contabilizaram 6 mil espécies nativasplantadas área.
Em 2006foi criado o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca (MONA) sob tutela da Prefeitura do Rio, que até entãoficava sob responsabilidade militar.O Projeto Pão de Açúcar Verde tem total apoioda Prefeitura do Rio (SECONSERMA), que faz a doação das mudas para o plantio. O Projeto conta com uma equipe multidisciplinar de voluntários, amantes das causas ambientais, que realizam o reflorestamento no primeiro domingo de cada mês (salvo forte chuva). As datas constam no calendário do MONA, e as espécies plantadas são nativas da Mata Atlântica.O grupo já plantou pau-brasil, baba de boi, grumichama, ipê-roxo, guaramirim, jerivá, pau-ferro, jequitibá-vermelho, e muitas outras espécies. Nesta jornada curiosidades vem sendo colecionadas ao longo dos anos, e uma delas foi a descoberta de balas de canhões enterradas na encosta do Pão de Açúcar, que hoje fazem parte do acervo do Museu da Fortaleza São João, na Urca. A área adotada pelo Projeto Pão de Açúcar Verde tem cerca de 2 hectares e meio e está no presente momento em fase de renovação da adoção, que conta com os apoios de servidores públicos municipais e de seus gestores, e de toda equipe do Projeto, que tem como propósito despertar, contribuir, impulsionar e disseminar a educação ambiental através de ações educativas, despertando a preocupação individual e coletiva, a consciência críticado cidadão, e consequentemente a criação de uma sociedade mais humana, e uma cidade cada vez mais sustentável.

                        Rosana Motta
                        Roberto Motta

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